
os anjos choram...
sangram nas rosas rubras de beleza de um arfar
os anjos desmaiam em sombras afiadas
tingindo os lençóis inanimados que cobrem a Morte
dormindo sonhando numa candura profunda o Amor
os olhos
abandonados ao vento
brilhando luz e veias de pavor e sussurros
refrescando-se no teu rosto cratera que tudo cerca
pulsando um esperma secreto de um Pã demente
numa penumbra árdua e ardente
torno-te transparente
e viva em golfadas de paisagens
que crescem
que cortam a noite que se abre sobre a fenda azul
que são
teus olhos
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